Marido: Cabeça da Mulher e Sacerdote do Lar - "Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo" (1 Co. 11.3). Há apenas uma coisa que justifica o namoro: a intenção de casar. Quando os corpos de um homem e de uma mulher se aproximam, despertam vontades e desejos que são impossíveis de evitar.
Como disse um escritor, certa vez, sobre isso: "quando um casal de namorados se beijam não estão pensando nas Cataratas do Iguaçu". Para que o jovem possa preservar puro o seu caminho, ele deve iniciar um namoro apenas quando estiver preparado para casar. Isso inclui, não apenas, a questão orgânica, mas a maturidade e a condição financeira.
Namoro não é divertimento ou passatempo. Quando, portanto, é estabelecido um namoro dentro das condições bíblicas, seu objetivo deve ser testar como reagem os namorados ao assumirem os seus papeis no casamento. Deixando o sexo de lado, aguardando o seu devido tempo, o namorado vai assumir, dentro dos limites possíveis, seu papel de líder, e a namorada, de sábia conselheira.
Essa simulação do relacionamento conjugal funciona para concluir qual a possibilidade de o casamento pretendido realmente dar certo. Mas, vamos descer mais a fundo nisso. Cada vez mais as mulheres têm se tornado feministas e os homens acomodados. Em muitas coisas que são sua responsabilidade diante de Deus, os homens acabam deixando que as mulheres assumam, por puro comodismo, quando não, preguiça de fato.
Todavia, o dano de um casal fora dos padrões bíblicos é incalculável! Isso não apenas para o relacionamento e a felicidade mútua, mas, também, para os filhos. Temos que entender que a família será resultado do relacionamento conjugal. Não há contato mais importante para um casal, excetuando, obviamente, a comunhão com Cristo, que aquele com o seu cônjuge. Sua vida e sua família dependerão disso. E, me dirijo especialmente aos homens agora, o papel mais importante, a suprema responsabilidade no casal, é do homem.
As Escrituras colocam sobre os ombros do marido a responsabilidade espiritual de sua casa. Por isso, se tornou comum a expressão: "o marido é o sacerdote do lar". Cabe-lhe ensinar a Palavra de Deus à sua esposa e filhos, e orar incessantemente por eles, exatamente o que um sacerdote fazia em relação ao povo no Antigo Testamento. Contudo, assim como nos cargos seculares e na igreja, o grande erro está em enfatizar o posto e não a autoridade. O que quero dizer com isso é que não há autoridade sem respeito. O que o ser humano tem dificuldade de aceitar é que autoridade vem pelo reconhecimento de quem é a pessoa, não simplesmente pelo cargo que ocupa.
Posso ser o presidente da República, mas, se for uma pessoa medíocre, ninguém me respeitará. Podem até disfarçar, na presença de outros, mas o que realmente pensam daquele líder está muito longe do respeito e da admiração que são fundamentais para a verdadeira autoridade. Quando olhamos para o papel do homem no lar, é exatamente disso que estamos falando. Coloquei as frases: "sacerdote do lar" e "cabeça da mulher" nesta ordem, propositalmente. Isso, por que o que é mais lembrado pelos maridos é que eles estão no posto de chefes, e a esposa lhe deve submissão.
Contudo, a coisa não é bem assim. De onde vem a submissão da mulher? Embora o mandamento bíblico não possa depender de circunstâncias favoráveis para o seu cumprimento, a responsabilidade do homem é viabilizar a submissão de sua esposa sendo o sacerdote de sua casa. Quando vemos o apóstolo Paulo falar da submissão da esposa ao marido "como ao Senhor", o que ele quer dizer vai muito além do mero exemplo ou do método.
A submissão da esposa acontece ao enxergar o Senhor na vida de seu marido. Ao perceber sua piedade, sua seriedade na vida com Deus, sua santidade, vai ver o próprio Cristo na liderança de sua casa. A função do homem como cabeça da mulher pressupõe o exercício do seu sacerdócio em sua casa. Em outras palavras, o lar abençoado e equilibrado tem como fundamento a autoridade espiritual de um marido crente.
Por que as mulheres de hoje têm tanta dificuldade de serem submissas? Isso não está relativo, apenas, ao feminismo crescente, mas ao fracasso dos maridos como sacerdotes de suas casas. As mulheres estão sempre em maior número nas programações. Tal fato se deve não apenas por que há mais mulheres do que homens no mundo, mas porque muitos homens que poderiam estar nas programações, preferem ficar em casa.
Aos homens casados: a submissão da sua esposa será diretamente proporcional ao exercício do seu ofício de sacerdote de sua casa. Tal submissão não é obediência imposta, mas respeito estribado em profunda admiração pelo marido. é nesse sentido que vemos Sara chamar Abraão de "senhor". A palavra ali é Adonai, termo que denota propriedade e posse. Contudo, Sara não era uma serva sobre quem Abraão tinha propriedade, mas era alguém que estava entregue à liderança de seu marido.
Ela sabia que era seu esposo o responsável espiritual pela sua casa e era dele a responsabilidade de atrair as bênçãos das promessas de Deus para sua família. As mulheres deixaram de admirar seus respectivos maridos. Isso, porque os maridos não cumprem seu papel estabelecido por Deus, o principal e primordial, responsabilidade que determina a aprovação de Deus em todas as demais coisas relativas à família.
A esposa não considera seu marido como um santo homem de Deus, piedoso e dedicado no reino, alguém em quem percebe a própria liderança de Cristo em sua casa. Que lar abençoado será aquele onde uma mulher admire seu esposo por reconhecer nele um santo homem de Deus. Não estou me referindo à bajulação ou a mulheres que mentem coisas boas sobre seus maridos, tentando enganar a si mesmas, mas a satisfação de uma mulher que se sujeita ao marido, pois vê nele o próprio Cristo.
É por isso, maridos, que o principal é o cuidado da própria vida espiritual. Há maridos que querem cuidar da espiritualidade da sua casa sendo que ele próprio tem sido negligente na vida com Deus. Paulo, escrevendo ao seu filho espiritual, o jovem pastor Timóteo, diz: "tem cuidado de ti mesmo e da doutrina" (1 Tm 4.16). Junto com as preocupações doutrinárias, ele deveria zelar profundamente por sua vida com Deus. Tudo começa aí. Se uma esposa vir seu marido apegado à s Escrituras e de joelhos no chão orando, sua atitude para com ele tenderá à submissão.
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Rev. Jair Almeida JuniorJunior